segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Conta as Bênçãos

Mensagem de Esperança

Conta as Bençãos

por Sérgio Andrade da Silva

Conta as bênçãos, dize quantas são,
Recebidas da divina mão,
Vem dizê-las, todas de uma vez,
Pois verás surpreso quanto Deus já fez

Todos nós somos constantemente abençoados pela Misericórdia Divina.
O fato de estarmos aqui hoje, representa uma vitória da vida. Se formos recordar quantos obstáculos e desafios superamos e vencemos, não poderemos deixar de ser gratos pela ajuda que recebemos diretamente de Deus, e de quantos Ele colocou em nosso caminho para serem instrumentos de seu Amor.
Infelizmente nem sempre o ser humano percebe isso. Ao contrário, é comum vermos as criaturas reclamando de tudo, enxergando apenas os problemas, se julgando desamparadas e infelizes.
Quando as coisas estão bem, raramente se lembram de que Deus é parte dessa alegria, de que o Supremo Doador da Vida é a verdadeira fonte de tudo de bom que nos acontece.
No processo de aprendizado da vida, é natural que tenhamos dificuldades, e o sofrimento aparece quando revelamos nossa falta de aceitação, em nossa vontade caprichosa de querer que tudo seja conforme nossa vontade, desconsiderando o Plano Maior d’Aquele que nos conduz.
Quando achamos que nossa vida não está boa, que tudo vai mal, estamos sendo profundamente injustos, deixando que um problema contamine toda nossa percepção das coisas.
Como dizem os versos acima, de um lindo hino religioso, precisamos lembrar o quanto as bênçãos são mais numerosas que as dores em nossas vidas. Desde o dia em que nascemos até hoje, quanto recebemos de Deus? É impossível contar... No dia de hoje, do momento em que despertamos até este instante, o quanto já recebemos de Deus? Desde suas leis e sua força que mantém a harmonia do Universo, à proteção que nos dedica em todos os momentos, Deus está constantemente agindo, e não há porque duvidar disso.
Se vivermos em clima de pessimismo e lamentação, só enxergaremos mesmo o que vai mal.
Se confiarmos, porém, no amor de Deus, e passarmos a buscar por trás de cada situação a Sua mão, agradecendo uma a uma as bênçãos recebidas, veremos que temos muito mais razões para agradecer do que lamentar.
Dizem que certa vez uma menina passeava em um mercado com sua mãe, quando diante de uma banca de frutas, a pequena foi presenteada pelo vendedor com uma laranja.
A mãe então disse à filha – “o que você deve dizer ao moço tão gentil?” A menina olhou para a laranja, pensou um pouco, e estendeu ao vendedor dizendo: “Descasca!”
Isso nos faz recordar nossa ingratidão perante Deus. Ele nos dá tudo o que precisamos para nossa felicidade, porém espera de nós que sejamos gratos e façamos a nossa parte.
Às vezes o problema que nos parece tão difícil esconde uma bela oportunidade de crescimento, se soubermos enfrentá-lo com dignidade. Lembremos o exemplo do abacaxi: para que possamos saborear  esse fruto tão saboroso e doce precisamos primeiro enfrentar a aspereza de sua casca. Os frutos da vida são distribuídos generosamente por Deus, porém descascá-los é a nossa parte!

 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Amor – Alimento das Almas

Mensagem de Esperança

Amor – Alimento das Almas

(iremos republicar nesse espaço, artigos escritos pelo companheiro Sérgio Andrade da Silva, vários deles pulicados no Jornal "A Vanguarda", de Cássia - MG)


O Amor é parte fundamental de nossas vidas. Para nos realizarmos como seres humanos necessitamos de dar e receber afeto, cuidar de alguém e ser cuidado: uma criança, um irmão, um companheiro, uma planta, um animal...
Somos seres criados pelo amor e para o amor, este sentimento maior que, bem direcionado,  impulsiona o mundo, mas que quando  desorientado provoca tantos desatinos.
Viver o amor nos círculos mais próximos de nós  constitui nossa preparação para o Amor Maior, Universal, que um dia haverá de preencher nossos corações.
Todos temos nossos sonhos de  Amor: Fraterno (ter muitos amigos), Familiar (ter uma família feliz) e Afetivo (alguém para trocar carinho, para envelhecer junto, para dividir sonhos, alegrias e tristezas).

Se Amar é tão bom, e é o desejo de todos, por que parece às vezes tão difícil?

Por que Amor é feito de renúncia, partilha, troca, e infelizmente o egoísmo ainda é muito  presente em nós, e quando ele impera, semeamos mágoas e decepções fazendo com que  o mesmo amor que salva, que liberta, nos faça sofrer.
Quem é que nunca sofreu por amor?
Na história de nossas almas os desacertos na área da afetividade são provavelmente aqueles que mais nos marcaram.
Estamos aqui para aprender a amar de novo.
Em nossos compromissos reencarnatórios, continuam seguindo conosco nossa conta de débitos e créditos afetivos. Pessoas para amar, perdoar, conduzir,  vão surgindo em nossas vidas.
Na família em que nascemos nos reunimos de acordo com   nossas escolhas do passado, em abençoada oportunidade de crescimento e resgate.
Surgem também os amigos, atraídos de acordo com a lei de afinidade, que passam a formar nossa família espiritual.
E surgem ainda aquelas pessoas que nos conquistam o coração, alguém que nos cativa, e a quem cativamos, e quando julgamos encontrar a pessoa certa, passamos a trilhar juntos os caminhos da vida.
Para que sejamos bem sucedidos em nossos relacionamentos, não devemos cultivar ilusões, procurando alguém que venha resolver todos os nossos problemas e nos fazer felizes, mas simplesmente alguém para compartilhar nossa vida, oferecendo essa capacidade de  amar que temos, sem cobranças,
Qual fonte de água, que deve estar sempre fluindo para estar pura, nosso amor deve ser generoso e constante.
Assim não teremos porque temer a solidão, pois nosso amor sempre poderá ser canalizado de várias formas. Sempre haverá alguém para ser cuidado, compreendido, perdoado. Nem temer a ingratidão, quando aprendermos enfim a amar sem nada esperar em troca, a não ser a realização de alguém que sabe que o Amor verdadeiro vem de Deus, passa por nós e segue, unindo todas as Suas criaturas.

Sérgio Andrade da Silva

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Francisco de Assis - Encontro com Jesus - O valor de cada um

Francisco de Assis (In O Irmão de Assis - Inácio Larrañaga)
                Meu Senhor, eu me arrastarei, de joelhos, até os Teus pés, sentar-me-ei à Tua sombra, e cobrirei com as mãos a minha nudez. Tomarás as minhas mãos  nas Tuas, levantar-me-ás, abraçar-me-ás e dirás:  És filho de meu amor e sombra de minha substância. Beijar-me-ás na testa, e colocarás uma grinalda no meu pescoço. Porás um anel de ouro no meu anular e uma roupa de príncipe sobre minha nudez.
                Dir-me-ás: Meu filho, olha para os meus olhos. Olharei, e lá longe, acima das últimas ladeiras de Teu coração, verei escrito o meu nome.
                E eu te direi: Deixa-me entrar nesse mar. E Tu me dirás: Entra. Avançarei mar adentro, e ali perder-me-ei, e perderei a cabeça, e sonharei.
                Não ficas com vergonha de ter-me por filho? perguntarei. E me responderás: Não viste o teu nome escrito no recanto mais florido? Encostarás tua face na minha e me dirás: Pelos espaços siderais não há outro, és o único.
                Meu Senhor, é verdade que sonhaste comigo antes que o orvalho aparecesse na madrugada? É verdade que Teus pés caminharam por séculos e por mundos, atrás de minha sombra fugitiva? Diz-me,  é verdade que quando me encontraste o céu se desmanchou em canções? É verdade que quando fecho os olhos e me entrego nos braços do sono, Tu ficas ao meu lado, velando o meu descanso?
                Que tenho para te dar? perguntarei. Dar compete a mim, tu só tens que receber, responderás. Por que não falas? perguntarei. O silêncio é a linguagem do amor, responderás.
                Esta noite chegarei à Tua casa. Far-me-ás deitar em um leito de flores. Encostarás as janelas para que a lua não me dê nos olhos. Dir-te-ei: Venho de longe, sou um menino cansado e ferido, e estou com sono. Com mãos de mãe tocarás os meus olhos e dirás: dorme. E eu me perderei no mar...